Homens armados invadem hospital na Zona Oeste do Rio para matar paciente baleado em ataque horas antes.

Homens armados invadem hospital na Zona Oeste do Rio para matar paciente baleado em ataque horas antes.
Fonte: G1

O caso aconteceu por volta de 2h30 no Hospital Pedro II, em Santa Cruz. Grupo rendeu os seguranças na entrada da garagem e entrou na unidade à procura de um paciente internado, que é apontado como testemunha de crimes.

Oito milicianos armados e encapuzados invadiram o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (18), a fim de matar um paciente ali internado e apontado como testemunha de crimes.

Esse homem, de 31 anos, tinha sido alvo de uma emboscada na tarde de terça-feira (17) pelos paramilitares e levou 9 tiros. No ataque, criminosos também destruíram a casa dele.

O alvo escapou e buscou ajuda médica. Vizinhos o levaram ao Pedro II.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, por volta das 2h30 o grupo rendeu os seguranças no estacionamento do hospital e seguiu até o centro cirúrgico, mas o homem já tinha sido transferido para a enfermaria, aonde o bando não foi.

Um dos invasores usava um uniforme da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), da Polícia Civil do RJ.

A Polícia Militar foi acionada e reforçou a segurança no hospital.

Secretário: ‘Completo terror’

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que a invasão afetou o atendimento da unidade. “Foi uma situação completamente absurda, uma falta de respeito com os outros pacientes, com os profissionais de saúde, colocando toda a unidade de saúde em risco”, declarou.

Ainda segundo Soranz, na hora da invasão “pacientes graves eram atendidos no CTI e no próprio centro cirúrgico”. “Profissionais que faziam os transportes dos exames de sangue, das bolsas de sangue, foram impedidos. Uma situação muito grave, uma cena de completo terror.”

"É uma situação que está acontecendo cada vez mais, de forma mais frequente. Este ano, tivemos que suspender o funcionamento de unidades 516 vezes por motivos de segurança, por invasão ou por risco. O número só aumentou nos últimos anos e não há respeito em relação às unidades de saúde. A polícia vem perdendo território cada vez mais e os prejuízos para operações aumentam a cada dia", afirmou Soranz.

Fonte: G1