Azeite produzido no Sul de MG ganha prêmio de melhor do Brasil em festival em Paris pelo segundo ano consecutivo.
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O mesmo rótulo também ficou em 2º lugar no ranking do Hemisfério Sul no Olio Nuovo Days, promovido pelo jornal francês Le Monde.
O azeite Mantikir Grappolo, produzido pela Vinícola Essenza, em Maria da Fé (MG), conquistou novamente reconhecimento internacional. O rótulo foi considerado o melhor azeite do Brasil pelo segundo ano consecutivo e alcançou o segundo lugar no ranking do Hemisfério Sul no Olio Nuovo Days, realizado na terça-feira (23), em Paris, durante o Festival Du Monde, promovido pelo jornal francês Le Monde.
Além do destaque com o Grappolo, a vinícola também recebeu a Medalha Premium de Ouro pelo rótulo Mantikir Coratina. Outro azeite produzido em Maria da Fé, o Monasto Blend, também foi premiado na competição com a mesma medalha.
O Olio Nuovo Days é um festival cultural voltado para a valorização do azeite de oliva de qualidade. O concurso premia, no início do ano, os melhores azeites do Hemisfério Norte e, em setembro, os do Hemisfério Sul, com a participação de países como Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Peru, Uruguai e África do Sul.
A cultivar Grappolo 541, utilizada na produção do azeite vencedor, é uma variedade de origem italiana adaptada às condições da Serra da Mantiqueira.
Protegida no Ministério da Agricultura e Pecuária, ela integra o conjunto de 11 cultivares registrados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), pioneira na pesquisa em olivicultura no país e responsável pela primeira extração de azeite extravirgem no Brasil, em 2008.
Segundo o proprietário da vinícola, Herbert Sales, o reconhecimento reforça o trabalho realizado no olival localizado a 1,9 mil metros de altitude, considerado o mais alto do Brasil.
"Estar no topo do ranking internacional mais uma vez é resultado de dedicação e de uma produção que respeita o terroir da Mantiqueira", afirmou.
O coordenador do Programa de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Pedro Moura, destacou que premiações como essa refletem o sucesso da aplicação da pesquisa no campo.
"Quando um azeite é premiado, identificamos o sucesso da pesquisa, nas recomendações de plantio, na escolha das cultivares, no manejo. Ainda temos muitos desafios, mas há muito a se comemorar", avaliou.
Fonte: G1 Sul de Minas
