Postos da rede Vixx são interditados em BH por venda de combustível adulterado, aponta Procon-MPMG

O Procon do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) interditou, nesta quinta-feira (3/7), quatro postos de combustíveis da rede Vixx em Belo Horizonte. A ação foi motivada pela constatação de adulteração de combustíveis, após análises realizadas pelo Laboratório de Ensaios de Combustíveis da Universidade Federal de Minas Gerais (LEC/UFMG).

Segundo o órgão, os estabelecimentos adicionavam solventes aos combustíveis, prática considerada ilegal e altamente prejudicial ao consumidor. As unidades interditadas só poderão reabrir após a realização de novos testes técnicos, que comprovem a adequação da qualidade dos produtos comercializados.

Endereços dos postos interditados:

• Av. Sebastião de Brito, 1.037 – Bairro Dona Clara

  

• Rua Padre Pedro Pinto, 2.745 – Bairro Letícia

• Av. Amazonas, 9.248 – Bairro Camargos/Glalija

• Av. Vilarinho, 5.100 – Bairro Mantiqueira

Riscos e prejuízos ao consumidor

O Procon-MPMG alerta que o uso de combustível adulterado pode provocar sérios danos ao motor, como entupimento de bicos injetores, perda de desempenho, aumento do consumo, quebra de peças, além de representar riscos à segurança dos ocupantes do veículo. O impacto também é sentido no meio ambiente, com a emissão de poluentes acima do permitido.

“Fraudes como essas comprometem o direito do consumidor à qualidade e à informação, além de provocar desequilíbrios no mercado e riscos à saúde e segurança”, destacou o órgão, por meio de nota.

Crime organizado e concorrência desleal

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) se manifestou, classificando a prática como uma ameaça à livre concorrência.

“Já é sabido que o crime organizado está entranhado no mercado de combustíveis. O Minaspetro, inclusive, lançou uma campanha para alertar os consumidores sobre fraudes e preços muito abaixo do mercado, que podem indicar má qualidade ou sonegação fiscal”, afirmou a entidade.

O sindicato também destaca a presença de fraudes volumétricas, em que o visor da bomba exibe quantidade superior à efetivamente abastecida, como outro problema recorrente em postos irregulares.

Aumento no preço da gasolina

A ação ocorre em meio a um contexto de alta nos preços dos combustíveis. Mesmo após um reajuste para baixo anunciado pela Petrobras no mês passado, o preço médio da gasolina em Belo Horizonte e região subiu R$ 0,40, chegando a R$ 6,36, conforme levantamento do site Mercado Mineiro divulgado nesta semana.