Irã celebra “vitória” e acusa Israel de violar cessar-fogo mediado pelos EUA

O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã divulgou, na manhã desta terça-feira (24), um comunicado em tom de celebração, declarando "vitória" sobre Israel após o anúncio de cessar-fogo intermediado pelos Estados Unidos. Segundo o governo iraniano, a ofensiva das suas forças teria forçado o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a aceitar a trégua.
“As Forças Armadas da República Islâmica do Irã responderam ao comando do Líder Supremo com bravura exemplar, esmagando cada ato maligno do inimigo”, diz a nota oficial do Conselho.
O texto também faz referência ao ataque contra a base militar americana de Al-Udeed, no Catar, e afirma que todas as respostas foram feitas de forma “oportuna e proporcional”.
Apesar do anúncio de cessar-fogo, o clima permanece tenso. O Irã acusa Israel de ter realizado um novo ataque na manhã desta terça, violando o horário acordado para a trégua. Diante disso, Teerã promete reagir a qualquer nova agressão, mantendo as tropas em estado de alerta máximo.
Versões divergentes
A versão iraniana contradiz a dos Estados Unidos, que atribuem o cessar-fogo ao ataque americano contra instalações nucleares iranianas no último sábado (22). Em declaração, o presidente americano Donald Trump afirmou que tanto Israel quanto o Irã procuraram os EUA “quase simultaneamente” pedindo paz.
“Eu sabia que a hora era agora. O mundo e o Oriente Médio são os verdadeiros vencedores”, declarou Trump.
O presidente americano também destacou que o bombardeio contra as instalações nucleares iranianas foi decisivo para o acordo. Apesar disso, analistas internacionais questionam se o ataque foi, de fato, suficiente para inviabilizar o programa nuclear do Irã.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que, “muito provavelmente”, as instalações nucleares iranianas sofreram danos consideráveis.
Israel mantém discurso ofensivo
Apesar do cessar-fogo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que está “muito próximo de inviabilizar o programa nuclear e de mísseis balísticos do Irã”. O governo israelense segue defendendo, inclusive, a possibilidade de derrubar o regime iraniano, conforme revelou a mídia local.
Por ora, o cessar-fogo é considerado frágil, com o risco de novas escaladas a qualquer momento, caso algum dos lados volte a realizar ataques.
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